ECILENI DOS SANTOS
MEMORIAL DE FOTOGRAFIA
I Introdução
A
fotografia e suas possíveis aproximações com a arte. Inicialmente enfatizamos a
fotografia ao anunciar as interseções com a arte, a partir de aspectos
indiciais que permeiam as origens de ambas.
Em
seguida, enfatizamos as aulas que foram dadas em sala de aula, como a sua importância para nós sabermos e
aprendermos a técnica e a arte de fotografar,
essa disciplina nos instigou a fotografar e estimulou o nosso olhar a
ver as belezas de cada lugar, a prestarmos mais atenção nos detalhes e não deixarmos nada despercebido pois em
cada lugar tem sua arte e sua estética
para ser apreciada.
E através do nosso olhar podemos usar a câmera,
a técnica e criarmos excelentes trabalhos fotográficos, aguçando a nossa
criatividade, desenvolvendo a nossa percepção sensibilidade. Fotografar é mais
que um desejo, é um sonho que se torna realidade quando conseguimos criar,
aproveitando cada momento, e
oportunidade..
Fotografar
cães esse é o nosso desafio, nossa paixão, ousar nos detalhes, ter que se
abaixar, deitar no chão para pegar o melhor ângulo, melhor perspectiva.
E
ainda acalmar, deixar o animal num lugar que ele se sinta bem, onde ele esteja
satisfeito, para quem ama o que faz, isso é uma brincadeira, e não uma
dificuldade, em cada foto podemos ver a singeleza, a beleza, a sensibilidade,
captar a inspiração do cão, e do artista que faz daquele momento único,
maravilhoso, é como se fossemos mágicos fazendo mágica, fazendo arte com
carinhas de cães, cada uma nos dizendo um pouco da vida do animal, sua
história, sua vida, sua alma desnuda, um instante que o mundo para pra vermos a
beleza de um cão, seu olhar, sua tranqüilidade, paz, confiança em quem está
captando as imagens, é como se ele soubesse que a foto vai ser divertida,
curtida e ele entra no mundo encantado para brincar, para nos dar a graça, a
chance de fotografar ele no seu instante canino, a nós artistas cabe esse
despertar para saber a melhor foto e fazer o nosso trabalho com amor
,
dedicação, pureza, sensibilidade, lealdade e a graça de um cão.
Na
primeira aula a professora apresentou uma revisão de foto 1 os recursos
disponíveis na câmera, objetivas, filmes. Então a partir daí já situados e
informados passamos na outra aula ver a fotografia digital – manipulação da
câmera digital, aula de campo saímos para fotografarmos as paisagens que nós
escolhemos.
Na
terceira aula vimos equipamentos do estúdio, iluminação, flash e fotômetro,
prática de estúdio – pessoa e objeto.
Já
na quarta aula fomos para o estúdio ouvir explicações, tirar dúvidas, nossa
aula foi lá mesmo, com a professora explicando dando exemplos, mostrando como
se faz na prática dentro de um estúdio.
Nas
aulas seguintes ficamos dentro do estúdio fotografando e aprendendo mais sobre
a técnica, experimentando a máquina e fazendo diversas fotos com as nossas
modelos (alunas da disciplina).
Depois
foi a vez de vermos a fotografia do campo ampliado que nos mostrou um campo a
ser explorado e que muitas vezes ainda ficamos em dúvida.
Mais
vemos que na contemporaneidade a fotografia
expandida onde a ênfase está na importância do processo de criação.
A
fotografia expandida existe graças ao arrojo dos artistas mais inquietos, que
desde as vanguardas históricas deram inicio a esse processo de superação dos
paradigmas fortemente impostos pelos fabricantes de equipamentos técnicos.
Depois
vimos Janelas da Alma, e apresentamos o nosso fotógrafo escolhido eu escolhi o Elliott
Erwitt, um fotógrafo que faz fotos de
cães e que ama o que faz, assim como eu, que tenho cães e amo fotografar eles,
Pois para mim cães são meus favoritos por que eles posam com naturalidade e fotografar
esses momentos é incrível um momento emocionante.
Vimos
o texto Atividade Fotográfica do pós-modernismo de Douglas Crimp, foi um texto
que aprendi muito sobre a experiência única de fotografar, de usar a imaginação
e ousar no olhar do artista.
No
texto de Artista e receptor: Fronteiras amolecidas no ato fotográfico de
Luciano Vinhosa foi muito importante pois aborda a concepção do artista e da
arte ser afetada pela lógica do processo fotográfico. E daí um número cada vez
maior de pessoas se sente encorajado a expressar e fazer muitas fotografias
usando a técnica e deixando se levar pelas lentes, com um olhar sensível e
atento as novas realidades. É uma nova oportunidade de se expressar, de
conquistar seu espaço e de usar a fotografia em seu dia-a-dia na sua vida como
meio de linguagem artística.
Sabe-se
que na fotografia podemos ousar e usar toda a nossa criatividade em favor de
fazer excelentes fotos usando nossa imaginação, nossa sensibilidade, nossa
subjetividade, nosso interesse, e nosso amor pelo ato de fotografar. A experiência de fotografar é única e
espetacular, temos momentos fascinantes, que nos instiga a não deixarmos de
fotografar pois cada momento é único, cada foto é diferente da outra, cada
experiência é individual, nos toca o coração, enche a nossa alma, fotografar é
a nossa paixão, é um momento mágico que vivemos em cada foto que fazemos, um
sonho que realizamos, um momento congelado, uma imagem que fica eternizada, em
cada ato da fotografia, um presente para a nossa alma.
No
texto processos de criação na fotografia o termo ampliado na fotografia e de cinema expandido, nada substitui a
experiência de ver. Olhar para uma imagem e explorar suas potencialidades de
narrativa.
Um
desenho feito sobre o papel fotográfico, foto queimada, desenho com água
sanitária.
O
conceito da contemporaneidade é sair da forma técnica da fotografia e trabalhar com
o tema da fotografia expandida. A produção contemporânea mais arrojada, livre das amarras da
fotografia convencional, de
fotografia expandida, onde a ênfase está
na importância do processo de criação.
A
fotografia expandida parte da ênfase no
fazer, nos processos e procedimentos de trabalho cuja finalidade é a produção
de imagens que sejam essencialmente perturbadoras, a fotografia expandida.
A
denominação fotografia expandida surgiu após discurso despertar pela fotografia seja pelos museus e galerias, seja pelos
colecionadores, pelos artistas visuais que estão aprendendo a incorporá-la em seu trabalho seja pelos próprios
fotógrafos que estão trilhando outros caminhos para concretizar sua produção e
circulação do campo expandido, é pensar subversão do dispositivo,
A
fotografia expandida é exatamente a busca dessas diversidades sem limites e da
multiplicidade dos procedimentos, novas formas do conhecimento humano quando passa a ser entendido como uma trama
complexa, extraordinária e instável.
Cada
vez mais o que temos é uma apresentação de uma ideia de um conceito
orquestrando o trabalho do artista, que propõe uma lógica processual para
tentar despertar o espectador diante de milhares de imagens que somos expostos
diariamente.
O Processo de Trabalho: Análise Pessoal
A experiência com a fotografia foi muito maravilhosa e interessante.
Pensar que podemos criar milhares de fotos e ainda
poder trabalhar nelas usando a nossa criatividade, arte, imaginação, fluição,
entre outros. Foi muito gratificante, especial, uma experiência única, muito
boa penso ser fantástica, essa
disciplina. Sou apaixonada por fotografias, e gosto de lidar com a máquina seja
ela qual for, fico inspirada, em ter a oportunidade de cursar foto dois, e sair
para fotografar um tema que eu amo de coração e que me inspira muito a fazer
tantos trabalhos artísticos.
Primeiramente, devo dizer que tive um pouco de dificuldade em mexer na máquina
profissional, ajustar, achar o que eu precisava, tudo era novo para mim, tive dificuldade também com as fotos Light
Paiting pois conseguir fazer porque a Larissa me ajudou, uma pessoa
sensacional, explica muito bem, atenciosa, sábia, e solidária com todos eu amei
ter tido a sua ajuda e cooperação.
Quero muito continuar fotografando e fazer muitas
fotos, tenho muitos sonhos pretendo realizá-los ainda, e sei que fotografar é a
minha arte, pois amo o que faço e meus modelos, ou seja os cães amo mais ainda,
então juntar o útil ao agradável é bom demais, tenho certeza de que consigo
essa relação de amizade, respeito, e carinho, e fazer as fotos é uma
brincadeira gostosa de que só sabe quem já experimentou a fazer fotos de
animais, tudo tem que estar de acordo com o que o animal se sinta feliz, no
mais ele é quem nos dar a sua pose, seu melhor ângulo, nós só fotografamos seus
melhores momentos.
E também para trabalhar com foto de cães tem que amar
eles, e amar fotografar, pois eles tem seus momentos, suas escolhas, e
compreende o que a gente fala então é só clicar, Como diz Elliott Erwitt "Cães
não precisam dizer 'Olhe para mim!', como as crianças fazem." Para ele,
esses animais precisam viver diariamente em dois mundos diferentes de uma única
vez: o dos próprios cães e o dos humanos. Por conta disso, eles estão sempre alerta
e são admiráveis.
Então eles já estão prontos,
basta fotografar e eles adoram serem clicados, quando eles sentem que são
amados pela fotógrafa.
E para ter a intimidade de
aproximar tão perto dos cães somente alguém que confia, que conhece esses
animais tão bem, e que sabe que eles tem muita sensibilidade para sentir quem
gosta e quem não gosta deles, é uma troca infinita de amor, paciência, diversão,
atenção, curiosidade, imaginação, arte, movimentação. São momentos que vivi,
que experimentei nesses dias que eu fotografei foram emocionantes, vividos com
muita intensidade, amor, alegrias, felicidade, bem estar, prazeroso, entre
ambas as partes.
São momentos únicos que eu
não troco por nada fotografar cães essa é a minha paixão, meu hobby, meu jeito
de mostrar o mundo esses animais dóceis, amigos, amorosos, leais, e que amam
incondicionalmente. Espero que gostem das imagens, que se deliciem, que curtam,
que vivam, e experimentem o mesmo prazer que tive quando eu os fotografava.
Aos meus queridos cães,
obrigada, a Larissa também que tanto me ajudou, auxiliou, e me ensinou.
Aos cães que me encantaram
com seus sorrisos, suas carinhas fofas, a todos/as que de alguma maneira me
ajudou agradeço muito pelo carinho.
Sei que muitos cães ainda
precisam serem fotografados para serem adotados, e encontrar um lar, mais que a
esperança é grande e com a ajuda de tantos fotógrafos que tem despertado para
essa causa nobre, achar um lar, para um cão, gato abandonado, não vai ser difícil
e nem impossível. Acreditamos e confiamos em um dia em que todos os animais
viveram felizes e terão suas casas e seus pais, mães deles.
E que todo crime de
abandono será punido e sofrerão suas conseqüências perante a lei.
Cães amigos, na minha casa são
como meus filhos, de quatro patas, e queremos que isso ocorra em todos os lares
onde existe um, que seja bem tratado,
amado e respeitado, com responsabilidade, e amor sem igual.
RESENHA
Vê-se que a fotografia tem sua importância pois ela passa a ser
vista como arte. Ela tem o papel fundamental de estar em todos os campos
possíveis, no modernismo depende da sua
presença e de sua ausência a fotografia, ela por si só se completa.
E
na fotografia embora se tenha a presença imortalizada na imagem tem a ausência
do que foi fotografado, algo do “Deja vu”
“algo como eu já vi” ou algo que já está no passado.
Segundo
Douglas Crimp p. 132:
Eles sugerem que a descrição de
Roland Barthes do tempo da fotografia como o “isso foi”seja interpretada de uma
nova maneira. A presença que tais fotografias
tem sobre nós é a presença do deja vu, a natureza como já tendo sido
vista, natureza como representação.
Vê-se
que a fotografia mesmo que ela tenha qualquer forma ela não deixa de ser uma fotografia. Na modernidade a fotografia não poderia ser
considerada arte por causa dos aspectos mecânicos, químicos a fotografia
envolve o fazer e o sentir, a subjetividade de cada sujeito. O fotografo se
converte em um fazedor de imagens.
Onde
com o advento da maquina digital isso é mais comum em nossos dias. O número de
imagens que são produzidas ao longo do dia, meses, ano são incomparáveis.
A
fotografia proporciona uma visão de detalhes de que o olho humano não consegue fazer com precisão, pois
capta todas as informações, sem
distinção. Por isso quando fotografamos escolhemos um campo a ser fotografado,
o nosso olho seleciona o que queremos e a fotografia, a maquina aperfeiçoa o
nosso olhar, fazendo fotografias com
efeitos ópticos sensacionais.
Segundo
Steinent p. 38:
A linguagem fotográfica descobriu esse mundo desconhecido em que os
objetos isolados da natureza, com exatidão adquirem importância transbobjetiva
que vai além de suas funções de simples realidade de representar.
Segundo
Flusser os espelhos são prolongamentos de órgãos do corpo humano e saber
interferir em seu programa é função do fotografo se esforçar em descobrir
potencialidades ignoradas.
A
fotografia revela um mundo que era desconhecido e aproxima o nosso olhar de
ver, enxergar mais coisas de que se é possível
ver.
O
olho humano é limitado mais em contato com a máquina fotográfica enxerga mais possibilidades, oportunidades, amplia
o nosso campo de visão.
Com
a fotografia se constrói um novo mundo
de experiências ópticas de um
encantamento vivo e gráfico, valorizando as imagens com efeitos pictóricos a
imagem em relação a natureza.
A
fotografia muda a forma como os homens se vêem
e acaba ampliando o que olho humano
vê, consequentemente as imagens
se tornam criativas, belas e com um diferencial.
O
homem através da visão pessoal do fotografo passa a ser o mediador entre a
fotografia, a técnica e a impressão aquele que conhece a técnica e usa ela para
fazer arte. Através das experimentações, das variações fotográficas, da
liberdade de criação de um mundo imagético a partir da experimentação com a
luz, das fotomontagens, do claro/escuro formam um novo mundo da concepção fotográfica
visual.
A
fotografia como arte que trabalha com o ato criativo, espontâneo, que vai além
da técnica de conhecer, de saber usar a
máquina fotográfica, trabalha com o diferencial, a fotografia
como que caminha para abstração.
A
fotografia que implica sua criação sobrepõe a técnica, as regras para criar e
revelar o potencial artístico e criativo. O homem é capaz de usar das imagens
para fazer arte manipulando as lentes, usando as técnicas que ele conhece
criando fotos como obra de arte dignas
de serem apreciadas.
Para
Dewey a experiência estética está em qualquer momento nosso.
Todos
estão em conexões para produzir boas fotos, o gesto do autor e do receptor.
Está tanto para o artista quanto para o amador em produzir fotos de qualidade,
exercitando o olhar e conhecer a técnica, como funciona a máquina.
Concorda-se
com Dewey que toda a experiência com a
obra de arte é uma experiência estética. Dewey também sustenta que o artista se
entrega ao realizar seu trabalho.
Sabe-se
que quando realizamos o trabalho com fotografia nos entregamos, nos envolvemos
com muita sensibilidade, dedicação, amor pelo o que fazemos.
A
concepção de artista e de arte foi afetada pela lógica do processo fotográfico.
Um número cada vez maIor de pessoas se sentirá
encorajado a expressar-se
artisticamente. A fazer muitas fotografias
e deixar-se expressar com o conhecimento de que se tem, fazendo o seu
trabalho com gosto e prazer.
A
fotografia invadiu o campo artístico nos dias atuais para que uma nova
concepção de artista ganhasse forma no
campo social e assumisse a figura do gênio.
Com
a invasão das máquinas fotográficas no mercado todas as pessoas se sentem a
vontade para fotografar cada vez mais.
Segundo
Luciano Vinhosa p. 72 :
Se diante de um objeto de arte
tradicional, o receptor ainda se sente constrangido pela ideia de gênio, com a
fotografia esse constrangimento desaparecerá quase completamente. Somam-se a
isso as atuais facilidades do digital que liderando em definitivo a mão, poderá
dar livre curso a imaginação daquele que se exprime.
Com
a fotografia as lentes das máquinas sendo capaz de captar aquilo que o olho
humano não enxerga aumenta o espectro do mundo visível, ampliando assim o
universo dos objetos de nossa percepção.
A
fotografia trouxe para seu público a possibilidade de viver uma experiência
mais imediatamente organizada diante do
cotidiano.
A
atração que as câmeras digitais tem do público em geral são pela facilidade
de manipulação é o controle imediato do resultado da imagem dando lugar a
dimensão lúdica e social que a
experiência fotográfica proporciona.
Com
a disponibilidade das câmeras automáticas e depois das digitais todas as
pessoas podem realizar boas fotos e podem ser inseridos no campo artístico.
Todo
o sujeito tem a capacidade de construir um olhar singular como receptores,
produtores de mundo, com a experiência fotográfica.
Trabalhando
com fotografias estimulará o não artista
a realizar uma experiência
completa, com um olhar singular, subjetivo,sensível as imagens.
O
papel do artista é se apropriar dessa técnica e ter uma experiência estética.
O
conceito da contemporaneidade é sair da forma
técnica da fotografia e trabalhar com o tema fotografia expandida.
A
produção contemporânea mais arrojada
livre das amarras da fotografia convencional, podendo dar asas a imaginação e
criar aliando a técnica a experiência e a estética.
A
arte a fotografia como poética e o seu caráter estético.
As
fotografias entraram nos museus,
galerias de arte, uma vez a foto
trazida para o espaço da arte ela
se torna arte e reverbera, articula discursos e formas
de pensar e fazer arte.
A atividade Fotográfica do pós-modernismo” http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/01/ae11_douglas_crimp.pdf
Acessado em: 01/02/2014.
A
fotografia subjetiva, abertura ao contemporâneo http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/05/ae22_celso_guimaraes.pdf
“Artista e receptor: fronteiras amolecidas no ato
fotográfico” - Luciano Vinhosa Acessado em: 01/02/2014.
Processos
de Criação na Fotografia – texto on line: http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/facom_16/rubens.pdf
Geraldo de Barros “Documentos e registros: um ponto
de vista crítico sobre arte e fotografia “– Luciano Vinhosa Acessado em:
01/02/2014.
Os espaços discursivos da Fotografia – Rosalind
Krauss http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/01/ae13_rosalind_krauss.pdf Acessado
em: 01/02/2014.
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