segunda-feira, 10 de março de 2014

Memorial

ECILENI DOS SANTOS



MEMORIAL DE FOTOGRAFIA

I Introdução



A fotografia e suas possíveis aproximações com a arte. Inicialmente enfatizamos a fotografia ao anunciar as interseções com a arte, a partir de aspectos indiciais que permeiam as origens de ambas.
Em seguida, enfatizamos as aulas que foram dadas em sala de aula,  como a sua importância para nós sabermos e aprendermos a técnica e a arte de fotografar,  essa disciplina nos instigou a fotografar e estimulou o nosso olhar a ver as belezas de cada lugar, a prestarmos mais atenção nos detalhes e  não deixarmos nada despercebido pois em cada  lugar tem sua arte e sua estética para ser apreciada.
 E através do nosso olhar podemos usar a câmera, a técnica e criarmos excelentes trabalhos fotográficos, aguçando a nossa criatividade, desenvolvendo a nossa percepção sensibilidade. Fotografar é mais que um desejo, é um sonho que se torna realidade quando conseguimos criar, aproveitando cada momento, e  oportunidade..
Fotografar cães esse é o nosso desafio, nossa paixão, ousar nos detalhes, ter que se abaixar, deitar no chão para pegar o melhor ângulo, melhor perspectiva.
E ainda acalmar, deixar o animal num lugar que ele se sinta bem, onde ele esteja satisfeito, para quem ama o que faz, isso é uma brincadeira, e não uma dificuldade, em cada foto podemos ver a singeleza, a beleza, a sensibilidade, captar a inspiração do cão, e do artista que faz daquele momento único, maravilhoso, é como se fossemos mágicos fazendo mágica, fazendo arte com carinhas de cães, cada uma nos dizendo um pouco da vida do animal, sua história, sua vida, sua alma desnuda, um instante que o mundo para pra vermos a beleza de um cão, seu olhar, sua tranqüilidade, paz, confiança em quem está captando as imagens, é como se ele soubesse que a foto vai ser divertida, curtida e ele entra no mundo encantado para brincar, para nos dar a graça, a chance de fotografar ele no seu instante canino, a nós artistas cabe esse despertar para saber a melhor foto e fazer o nosso trabalho com amor
, dedicação, pureza, sensibilidade, lealdade e a graça de um cão.



 Na primeira aula a professora apresentou uma revisão de foto 1 os recursos disponíveis na câmera, objetivas, filmes. Então a partir daí já situados e informados passamos na outra aula ver a fotografia digital – manipulação da câmera digital, aula de campo saímos para fotografarmos as paisagens que nós escolhemos.
Na terceira aula vimos equipamentos do estúdio, iluminação, flash e fotômetro, prática de estúdio – pessoa e objeto.
Já na quarta aula fomos para o estúdio ouvir explicações, tirar dúvidas, nossa aula foi lá mesmo, com a professora explicando dando exemplos, mostrando como se faz na prática dentro de um estúdio.
Nas aulas seguintes ficamos dentro do estúdio fotografando e aprendendo mais sobre a técnica, experimentando a máquina e fazendo diversas fotos com as nossas modelos (alunas da disciplina).
Depois foi a vez de vermos a fotografia do campo ampliado que nos mostrou um campo a ser explorado e que muitas vezes ainda ficamos em dúvida.
Mais vemos que na contemporaneidade a fotografia  expandida onde a ênfase está na importância do processo de criação.
A fotografia expandida existe graças ao arrojo dos artistas mais inquietos, que desde as vanguardas históricas deram inicio a esse processo de superação dos paradigmas fortemente impostos pelos fabricantes de equipamentos técnicos.
Depois vimos Janelas da Alma, e apresentamos o nosso fotógrafo escolhido eu escolhi o Elliott Erwitt, um fotógrafo que  faz fotos de cães e que ama o que faz, assim como eu, que tenho cães e amo fotografar eles, Pois para mim cães são meus favoritos por que eles posam com naturalidade e fotografar esses momentos é incrível um momento emocionante.
Vimos o texto Atividade Fotográfica do pós-modernismo de Douglas Crimp, foi um texto que aprendi muito sobre a experiência única de fotografar, de usar a imaginação e ousar no olhar do artista.
No texto de Artista e receptor: Fronteiras amolecidas no ato fotográfico de Luciano Vinhosa foi muito importante pois aborda a concepção do artista e da arte ser afetada pela lógica do processo fotográfico. E daí um número cada vez maior de pessoas se sente encorajado a expressar e fazer muitas fotografias usando a técnica e deixando se levar pelas lentes, com um olhar sensível e atento as novas realidades. É uma nova oportunidade de se expressar, de conquistar seu espaço e de usar a fotografia em seu dia-a-dia na sua vida como meio de linguagem artística.
Sabe-se que na fotografia podemos ousar e usar toda a nossa criatividade em favor de fazer excelentes fotos usando nossa imaginação, nossa sensibilidade, nossa subjetividade, nosso interesse, e nosso amor pelo ato de fotografar.  A experiência de fotografar é única e espetacular, temos momentos fascinantes, que nos instiga a não deixarmos de fotografar pois cada momento é único, cada foto é diferente da outra, cada experiência é individual, nos toca o coração, enche a nossa alma, fotografar é a nossa paixão, é um momento mágico que vivemos em cada foto que fazemos, um sonho que realizamos, um momento congelado, uma imagem que fica eternizada, em cada ato da fotografia, um presente para a nossa alma.
No texto processos de criação na fotografia o termo ampliado na fotografia  e de cinema expandido, nada substitui a experiência de ver. Olhar para uma imagem e explorar suas potencialidades de narrativa.

Um desenho feito sobre o papel fotográfico, foto queimada, desenho com água sanitária.
O conceito da contemporaneidade é sair da forma técnica da fotografia e  trabalhar com  o tema da fotografia expandida. A produção contemporânea  mais arrojada, livre das amarras da fotografia  convencional, de fotografia  expandida, onde a ênfase está na importância do processo de criação.
A fotografia expandida parte da  ênfase no fazer, nos processos e procedimentos de trabalho cuja finalidade é a produção de imagens que sejam essencialmente perturbadoras, a fotografia expandida.
A denominação  fotografia expandida surgiu  após discurso despertar pela fotografia  seja pelos museus e galerias, seja pelos colecionadores, pelos artistas visuais que estão aprendendo a incorporá-la  em seu trabalho seja pelos próprios fotógrafos que estão trilhando outros caminhos para concretizar sua produção e circulação do campo expandido, é pensar subversão do dispositivo,
A fotografia expandida é exatamente a busca dessas diversidades sem limites e da multiplicidade dos procedimentos, novas formas do conhecimento humano  quando passa a ser entendido como uma trama complexa, extraordinária e instável.
Cada vez mais o que temos é uma apresentação de uma ideia de um conceito orquestrando o trabalho do artista, que propõe uma lógica processual para tentar despertar o espectador diante de milhares de imagens que somos expostos diariamente.


 O Processo de Trabalho: Análise Pessoal  

A experiência com a fotografia   foi muito maravilhosa e interessante.
Pensar que podemos criar milhares de fotos e ainda poder trabalhar nelas usando a nossa criatividade, arte, imaginação, fluição, entre outros. Foi muito gratificante, especial, uma experiência única, muito boa penso ser fantástica,  essa disciplina. Sou apaixonada por fotografias, e gosto de lidar com a máquina seja ela qual for, fico inspirada, em ter a oportunidade de cursar foto dois, e sair para fotografar um tema que eu amo de coração e que me inspira muito a fazer tantos trabalhos artísticos.
Primeiramente, devo dizer que tive um  pouco  de dificuldade em mexer na máquina profissional, ajustar, achar o que eu precisava, tudo era novo para mim,  tive dificuldade também com as fotos Light Paiting pois conseguir fazer porque a Larissa me ajudou, uma pessoa sensacional, explica muito bem, atenciosa, sábia, e solidária com todos eu amei ter tido a sua ajuda e cooperação.
Quero muito continuar fotografando e fazer muitas fotos, tenho muitos sonhos pretendo realizá-los ainda, e sei que fotografar é a minha arte, pois amo o que faço e meus modelos, ou seja os cães amo mais ainda, então juntar o útil ao agradável é bom demais, tenho certeza de que consigo essa relação de amizade, respeito, e carinho, e fazer as fotos é uma brincadeira gostosa de que só sabe quem já experimentou a fazer fotos de animais, tudo tem que estar de acordo com o que o animal se sinta feliz, no mais ele é quem nos dar a sua pose, seu melhor ângulo, nós só fotografamos seus melhores momentos.
E também para trabalhar com foto de cães tem que amar eles, e amar fotografar, pois eles tem seus momentos, suas escolhas, e compreende o que a gente fala então é só clicar,  Como diz Elliott Erwitt   "Cães não precisam dizer 'Olhe para mim!', como as crianças fazem." Para ele, esses animais precisam viver diariamente em dois mundos diferentes de uma única vez: o dos próprios cães e o dos humanos. Por conta disso, eles estão sempre alerta e são admiráveis.
Então eles já estão prontos, basta fotografar e eles adoram serem clicados, quando eles sentem que são amados pela fotógrafa.
E para ter a intimidade de aproximar tão perto dos cães somente alguém que confia, que conhece esses animais tão bem, e que sabe que eles tem muita sensibilidade para sentir quem gosta e quem não gosta deles, é uma troca infinita de amor, paciência, diversão, atenção, curiosidade, imaginação, arte, movimentação. São momentos que vivi, que experimentei nesses dias que eu fotografei foram emocionantes, vividos com muita intensidade, amor, alegrias, felicidade, bem estar, prazeroso, entre ambas as partes.
São momentos únicos que eu não troco por nada fotografar cães essa é a minha paixão, meu hobby, meu jeito de mostrar o mundo esses animais dóceis, amigos, amorosos, leais, e que amam incondicionalmente. Espero que gostem das imagens, que se deliciem, que curtam, que vivam, e experimentem o mesmo prazer que tive quando eu os fotografava.
Aos meus queridos cães, obrigada, a Larissa também que tanto me ajudou, auxiliou, e me ensinou.
Aos cães que me encantaram com seus sorrisos, suas carinhas fofas, a todos/as que de alguma maneira me ajudou agradeço muito pelo carinho.
Sei que muitos cães ainda precisam serem fotografados para serem adotados, e encontrar um lar, mais que a esperança é grande e com a ajuda de tantos fotógrafos que tem despertado para essa causa nobre, achar um lar, para um cão, gato abandonado, não vai ser difícil e nem impossível. Acreditamos e confiamos em um dia em que todos os animais viveram felizes e terão suas casas e seus pais, mães deles.
E que todo crime de abandono será punido e sofrerão suas conseqüências perante a lei.
Cães amigos, na minha casa são como meus filhos, de quatro patas, e queremos que isso ocorra em todos os lares onde existe um,  que seja bem tratado, amado e respeitado, com responsabilidade, e amor sem igual.




 RESENHA

 Vê-se que a fotografia  tem sua importância pois ela passa a ser vista como arte. Ela tem o papel fundamental de estar em todos os campos possíveis, no modernismo depende da sua  presença e de sua ausência a fotografia, ela por si só  se completa.
E na fotografia embora se tenha a presença imortalizada na imagem tem a ausência do que foi fotografado, algo do “Deja vu”  “algo como eu já vi” ou algo que já está no passado.
Segundo Douglas Crimp p. 132:


Eles sugerem que a descrição de Roland Barthes do tempo da fotografia como o “isso foi”seja interpretada de uma nova maneira. A presença que tais fotografias  tem sobre nós é a presença do deja vu, a natureza como já tendo sido vista, natureza como representação.


Vê-se que a fotografia mesmo que ela tenha qualquer forma ela não  deixa de ser uma fotografia.  Na modernidade a fotografia não poderia ser considerada arte por causa dos aspectos mecânicos, químicos a fotografia envolve o fazer e o sentir, a subjetividade de cada sujeito. O fotografo se converte em um fazedor de imagens. 

Onde com o advento da maquina digital isso é mais comum em nossos dias. O número de imagens que são produzidas ao longo do dia, meses, ano são incomparáveis.
A fotografia proporciona uma visão de detalhes de que o olho humano  não consegue fazer com precisão,  pois  capta todas as informações,  sem distinção. Por isso quando fotografamos escolhemos um campo a ser fotografado, o nosso olho seleciona o que queremos e a fotografia, a maquina aperfeiçoa o nosso olhar, fazendo fotografias  com efeitos ópticos sensacionais.
Segundo Steinent p. 38:


A linguagem fotográfica  descobriu esse mundo desconhecido em que os objetos isolados da natureza, com exatidão adquirem importância transbobjetiva que vai além de suas funções de simples realidade de representar.

Segundo Flusser os espelhos são prolongamentos de órgãos do corpo humano e saber interferir em seu programa é função do fotografo se esforçar em descobrir potencialidades ignoradas.
A fotografia revela um mundo que era desconhecido e aproxima o nosso olhar de ver, enxergar mais coisas de que se é possível  ver.
O olho humano é limitado mais em contato com a máquina fotográfica enxerga  mais possibilidades, oportunidades, amplia o  nosso campo de visão.
Com a fotografia  se constrói um novo mundo de experiências  ópticas de um encantamento vivo e gráfico, valorizando as imagens com efeitos pictóricos a imagem em relação a natureza.
A fotografia muda a forma como os homens se vêem  e acaba ampliando o que olho humano  vê, consequentemente  as imagens se tornam criativas, belas e com um diferencial.
O homem através da visão pessoal do fotografo passa a ser o mediador entre a fotografia, a técnica e a impressão aquele que conhece a técnica e usa ela para fazer arte. Através das experimentações, das variações fotográficas, da liberdade de criação de um mundo imagético a partir da experimentação com a luz, das fotomontagens, do claro/escuro formam um novo mundo da concepção fotográfica visual.
A fotografia como arte que trabalha com o ato criativo, espontâneo, que vai além da técnica de conhecer, de  saber usar a máquina fotográfica, trabalha com o diferencial, a   fotografia  como que caminha  para abstração.
A fotografia que implica sua criação sobrepõe a técnica, as regras para criar e revelar o potencial artístico e criativo. O homem é capaz de usar das imagens para fazer arte manipulando as lentes, usando as técnicas que ele conhece criando fotos como obra  de arte dignas de serem apreciadas.  
Para Dewey a experiência estética está em qualquer momento nosso.
Todos estão em conexões para produzir boas fotos, o gesto do autor e do receptor. Está tanto para o artista quanto para o amador em produzir fotos de qualidade, exercitando o olhar e conhecer a técnica, como funciona a máquina.
Concorda-se com Dewey que toda a experiência  com a obra de arte é uma experiência estética. Dewey também sustenta que o artista se entrega ao realizar seu trabalho.
Sabe-se que quando realizamos o trabalho com fotografia nos entregamos, nos envolvemos com muita sensibilidade, dedicação, amor pelo o que fazemos.
A concepção de artista e de arte foi afetada pela lógica do processo fotográfico. Um número cada vez maIor de pessoas se sentirá  encorajado  a expressar-se artisticamente. A fazer muitas fotografias  e deixar-se expressar com o conhecimento de que se tem, fazendo o seu trabalho com gosto e prazer.
A fotografia invadiu o campo artístico nos dias atuais para que uma nova concepção de artista  ganhasse forma no campo social e assumisse a figura do gênio.
Com a invasão das máquinas fotográficas no mercado todas as pessoas se sentem a vontade para fotografar cada vez mais.
Segundo Luciano Vinhosa p. 72 :


Se diante de um objeto de arte tradicional, o receptor ainda se sente constrangido pela ideia de gênio, com a fotografia esse constrangimento desaparecerá quase completamente. Somam-se a isso as atuais facilidades do digital que liderando em definitivo a mão, poderá dar livre curso a imaginação daquele que se exprime.

Com a fotografia as lentes das máquinas sendo capaz de captar aquilo que o olho humano não enxerga aumenta o espectro do mundo visível, ampliando assim o universo dos objetos de nossa percepção.
A fotografia trouxe para seu público a possibilidade de viver uma experiência mais  imediatamente organizada diante do cotidiano.
A atração que as câmeras  digitais  tem do público em geral são pela facilidade de manipulação é o controle imediato do resultado da imagem dando lugar a dimensão  lúdica e social que a experiência fotográfica proporciona.
Com a disponibilidade das câmeras automáticas e depois das digitais todas as pessoas podem realizar boas fotos e podem ser inseridos no campo artístico.
Todo o sujeito tem a capacidade de construir um olhar singular como receptores, produtores de mundo, com a experiência fotográfica.
Trabalhando com fotografias  estimulará  o não artista  a realizar uma experiência  completa, com um olhar singular, subjetivo,sensível as imagens.
O papel do artista é se apropriar dessa técnica e ter uma experiência  estética.
O conceito da contemporaneidade é sair da forma  técnica da fotografia e trabalhar com o tema fotografia expandida.
A produção contemporânea  mais arrojada livre das amarras da fotografia convencional, podendo dar asas a imaginação e criar aliando a técnica a experiência e a estética.
A arte a fotografia  como poética  e o seu caráter estético.
As fotografias entraram  nos museus, galerias de arte, uma vez a foto  trazida  para o espaço da arte ela se torna arte e reverbera, articula discursos   e formas  de pensar e fazer arte. 


 Referencias


A atividade Fotográfica do pós-modernismo” http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/01/ae11_douglas_crimp.pdf Acessado em: 01/02/2014.

“Artista e receptor: fronteiras amolecidas no ato fotográfico” - Luciano Vinhosa Acessado em: 01/02/2014.


Processos de Criação na Fotografia – texto on line: http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/facom_16/rubens.pdf
Geraldo de Barros “Documentos e registros: um ponto de vista crítico sobre arte e fotografia “– Luciano Vinhosa Acessado em: 01/02/2014.


Os espaços discursivos da Fotografia – Rosalind Krauss http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/01/ae13_rosalind_krauss.pdf Acessado em: 01/02/2014.



























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